sábado, 30 de novembro de 2013

Em S. Miguel - Açores - out.2013

De férias? Eu tinha dito que não, que iria em missão!
E fui, corrijo, fomos... e correu tudo muito bem!
Desta vez estavam ambos muito melhor do que em fevereiro.
Conseguimos levar a minha mãe a passear, usando o belo carrinho
que os nossos simpáticos primos sempre nos emprestam.
Na fotografia seguinte devo ter dito algum disparate dos meus,
que fez a minha mãe rir deste jeito! 
Digam lá: parece ter 97 anos? Eu também acho que não!...
Conversando é que se nota que está esquecida 
e quando faz disparates...ainda se ri deles!...
Tínhamos acabado de sair do restaurante Costaneira, 
na Ribeira Quente, onde sempre vamos comer 
umas deliciosas lapas grelhadas.
 Em Coimbra até sonho com estas deliciosas lapas grelhadas!!!
 E depois de encomendarmos este tradicional petisco, 
uma das proprietárias do restaurante reconheceu-me
como sendo a senhora que tem um blogue que menciona
e mostra as suas célebres lapas grelhadas!
Depois de uma conversa e do excelente almoço... 
as lapas são só uma entrada... comemos outras delícias,
retomámos o passeio pela minha linda ilha.
A minha mãe não vê praticamente nada,
mas o meu marido vai sendo o seu cicerone
referindo todos os lugares por onde nos vai conduzindo,
deixando-a muito contente com as paisagens maravilhosas
da nossa linda ilha açoriana.
Este post ficou esquecido... nem agendado estava...
mas hoje vai para o ar.
Se forem a S. Miguel... vão à Ribeira Quente
comer umas lapinhas!...
UM ABRAÇO

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O nosso 1º. automóvel

 Este foi o nosso 1º. automóvel... lindo! 
Estávamos em abril de 1969 e aqui a então jovem magrinha
está toda janota com um lindo vestido de croché 
feito pela sua mamã!
O cenário é a rua Jacarandá... em Lourenço Marques (Maputo), 
Moçambique.
 E este era o livrete do nosso belo carrinho de volante à direita.
Nos Açores eu tive aulas de condução num Volkswagen carocha, mas foi no Hillman Minx De Luxe Saloon, de banco inteiro à frente, com mudanças ao volante, que eu treinei. Naquele tempo podíamos conduzir ao lado de uma pessoa encartada. 
Em Moçambique tive de aprender a conduzir pela direita, isso foi fácil, mas de vez em quando metia  a 1ª. no pisca-pisca!... Este carrinho andava que era um lindo: ao domingo íamos ao banho à praia do Bilene, a 180km de Maputo. Ainda veio para Coimbra, mas acabámos por vendê-lo quando os filhos cresceram.
Este era o seu BI:
A seguir mostro o livrete do 1º. carro do meu pai, que agora é meu e está a restaurar. Tenho fotos dele, mas hoje não as pude procurar. Logo que as tenha à mão publico-as para satisfazer a curiosidade de quem é apreciador destas relíquias!
Tenho muito empenho nas nossas coisas antigas e às vezes sinto saudades de coisas que já tivemos. Mas quando as pessoas começam a desaparecer, ficam muito mais fortes as saudades das pessoas do que das coisas... e acabamos por já não sentir a falta de nada!
Vou a S. Miguel. 
Não me desejem boas férias! Vou em missão.
UM ABRAÇO


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Hoje seria dia de festa...

Vou ouvir esta música em memória do meu pai, 
Hugo Nunes da Silva 
que, se fosse vivo, completaria hoje 102 anos.
                                      São muitos anos para uma pessoa viver... há quem os viva,
mas os que ele viveu foram tão poucos... apenas 53!
Sinto muitas saudades dos seus beijos, dos seus carinhos, da sua voz...
Éramos 4 filhos e eu era a menina entre os 3 rapazes.
Viveu com a minha mãe um grande amor, cheio de romantismo, a que eu, felizmente ainda pude assistir. Inesperadamente a morte separou-os, pondo fim a quase 28 anos de felicidade. 
De manhã, encostando levemente os nós dos dedos na porta do meu quarto que, de noite, 
ficava apenas encostada, entrava perguntando docemente 
"como está a minha querida filha?". 
Docemente, sim, porque a voz do meu pai era esfuziante, 
vibrava forte, e a menina poderia estar ainda a dormir.
Usava a voz forte na barra do tribunal, onde defendia com firmeza e sucesso casos difíceis que ganhava.
Usava a voz forte para cantar as mais belas árias de ópera que ainda hoje eu aprecio.
Usava a voz forte cantando no Orfeon Académico de Coimbra, quando estudante. Lembro-me de, num espetáculo do orfeon no Teatro Micaelense, o maestro Dr. Raposo Marques chamar ao palco os antigos orfeonistas e o meu pai se juntar ao seu naipe para cantar a Aleluia, do Messias de Handel.
Usava a voz forte quando ia ao futebol e, da bancada, barafustava contra o árbitro que cometesse erros contra o seu clube de cor verde. Ficava nervoso quando a Académica jogava com o Sporting!
Usava a voz forte para nos repreender quando fugíamos (raras vezes!...) às regras da boa educação.
E como hoje sinto falta dessa voz forte... recordando, com predominância, a sua voz mais suave quando me pedia que tocasse piano enquanto lia, sentado na poltrona ao meu lado. E quando me enganava, ele balbuciava "repete"... Se me enganasse muitas vezes, dizia baixinho "és como a mulinha do avô: para sempre no mesmo sítio!". E eu tocava até não errar.
O meu pai era Hugo e Hugo era também o meu irmão que foi morto na guerra, em Angola. Hugo é também o meu filho, um neto e outros terão esse nome em gerações vindouras... que eu já não conhecerei! Só desejo que sejam todos parecidos com este 1º. Hugo: carinhosos, inteligentes, divertidos, trabalhadores, honestos, humanistas... e de vida mais longa!
A fotografia que nos acompanhou quando viemos estudar para Coimbra, altura em que a minha mãe, já viúva, não se quis separar dos filhos, para que a família que restava se mantivesse unida, permanece no mesmo lugar. 
É assim que convivo diariamente com o meu pai. 
Foi assim que os netos cresceram, olhando o avô e escutando as estórias e anedotas em que ele era o divertido protagonista.
É assim que os bisnetos, mal abrem os olhinhos quando aqui chegam, ficam a conhecer o bisavô.
É assim que lhes é ensinado o nome HUGO.
UM ABRAÇO

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Cruzeiro no Adriático (cont.) - Gythion - Grécia

Âncora a fundo... ao largo da costa, eis-nos chegados a Gythion,
uma pequena aldeia de pescadores.
O meu marido chamou-lhe os Avidagos... à beira mar!!!
(Avidagos é a aldeia de Trás-os-Montes onde ele cresceu)
Sem nada que desperte interesse para além da beleza e simplicidade
do mais singelo que se poderá imaginar, 
este lugar é um pequeno paraíso para quem quiser descansar,
 tomar uns bons banhos de mar e sol, em recato... 
deliciando-se com tudo o que de bom sai deste lindo mar.
Saltam à vista os peixes e os tentáculos de polvo pendurados ao sol.
Sem mais nada para visitar, em curta caminhada,
surge a igreja ortodoxa, com o seu simples mas belo interior.



As laranjas (assim denominadas em grego: πορτοκάλια - "portocália"
foram dadas a conhecer na Europa pelos navegadores portugueses,
que as trouxeram da China. 






O dia estava tórrido e o passeio a pé não pôde ser muito longo.
Por ali também não havia nada de importante para ver.
O que nunca nos deixava de saltar à vista 
era a tal cervejinha que, bem fresca, nos dava cá um apoio!!!...
E assim brindávamos, com cada copinho... à nossa saúde...
e da nossa família... e dos amigos que nos querem bem...
e por aí fora... até a sede ficar devidamente saciada!...
Os peixinhos divertiam-se depenicando os salgadinhos
 que lhes íamos atirando logo ali!...
Mal imaginavam que, mais gorditos, iriam acabar cozidos ou assados 
no prato de um qualquer turista voraz!...
O dia era longo e o calor excessivo.
Necessário era regressar ao barco, já que nem tínhamos
"provado" o verde mar.
O vaivém das lanchas manteve-se até à hora de zarpar.
Entretanto ainda testei as tais águas verdes...
mas entre as paredes da piscina, que, àquela hora e por minha conta,
quase transbordou mal mergulhei nela!!!...
Não chegámos a ir a Argostoli ( Cefalónia) porque estava muito vento
e o desembarque nas lanchas tornar-se-ia muito perigoso.
Ainda assim o que vimos foi muito bom!
As próximas fotografias serão de outras coisas a bordo,
já que não consegui fotografar tudo o que senti
neste belo cruzeiro.
UM ABRAÇO

domingo, 11 de agosto de 2013

Cruzeiro no Adriático (cont.I) - Kotor - Montenegro

 Foi assim de desembarcámos em Kotor, nas lanchas.
Ainda era muito cedo e o sol ainda estava atrás dos fiordes.
Mais tarde surgiu por entre algumas nuvens.
A única desvantagem foi não ter deixado mostrar a verdadeira beleza
deste lindo lugar.
 A cidade, património da humanidade pela UNESCO,
 situa-se dentro da muralha.
 Percorremos ruelas estreitas 
e vagueámos atentos a belíssimos pormenores como este.

Desejávamos um esforço do sol... mas ainda era cedo!...
 ... e as ruas estavam desertas.

 Nesta igreja ortodoxa o sacerdote fez questão de convidar os turistas.
Pudemos assistir à cerimónia religiosa e fotografar sem restrições, 
coisa que fizemos com muito agrado, em silêncio.







 E foi depois de percorrermos a velha cidade, a pé,
que apanhámos este descapotável 
que nos conduziu ao longo da belíssima costa recortada,
cujas fotografias já aqui mostrei.
Continuarei a mostrar imagens desta bela viagem.
Só falta Gythion... que aparecerá aqui quando eu puder!
Até lá...
UM ABRAÇO

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Cruzeiro no Adriático (cont.) Kotor - Montenegro

Depois de uma interrupção na mostra de fotografias do cruzeiro pelo Adriático, hoje publico as de Kotor - Montenegro, património da Humanidade pela UNESCO.
O barco ficou ao largo, entre os fiordes do Mediterrâneo, por isso fomos a terra nas lanchas do navio.
Estas foram as imagens possíveis... atendendo à fraca qualidade, quer da fotógrafa, quer da máquina!
 Retirando esse senão... aqui mostro duas ilhas no meio deste braço de mar: 
a da esquerda, natural, a da direita, artificial, ambas com igrejas.
 Fizemos o city tour que nos levou ao longo da  belíssima costa recortada.
 Não conheço ainda os fiordes do Báltico, mas estes do Mediterrâneo 
dão-nos uma ideia dos outros... em clima mais ameno!


 Aqui, entre janelas, à saída, no fim da tarde, rumo ao porto seguinte.
 Inúmeras imagens ficaram gravadas na nossa memória... 
estas são apenas apontamentos de uma bela viagem.
Outras fotos foram tiradas no barco, com os novos amigos
que nos fizeram companhia à hora do jantar e nas horas de lazer,
em amena conversa entre o inglês, o francês, o alemão, o espanhol... 
e o patois que íamos inventando para que a comunicação se mantivesse!
E foi assim que terminou mais uma visita a um lindo porto do Adriático.


UM ABRAÇO