Faz hoje 49 anos que o meu pai,
Hugo Nunes da Silva,
faleceu aos 53 anos. Não é idade para se morrer!...
Éramos estes seis, felizes, a vida corria tão bem até então.
Na fotografia não parecemos alegres. Não!...
O meu pai tinha uma pancreatite aguda,
naquela altura, dificilmente detetada e tratada.
Também pairava sobre nós todos a terrível guerra do ultramar, que obrigava todos os jovens de 21 anos a combater "os povos inimigos".
Quando soube que o filho Hugo fora chamado para combater em Angola, adoeceu.
O meu pai perdeu a alegria que fazia brilhar a pessoa de estatura pequena, mas de tamanha grandeza de carácter que o caracterizava.
Na véspera do meu irmão embarcar para aquela guerra inútil,
o meu pai chamou a casa Nóbrega, um excelente fotógrafo de S. Miguel,
para captar a imagem que vos mostro, como se adivinhasse a tragédia que iria acontecer:
o meu pai morreu três dias depois de termos tirado esta fotografia.
No ano seguinte o meu irmão foi morto em Angola, dois dias antes de completar 23 anos.
Na foto, da esqª. para a dirª.: em cima ,o Luís e o Hugo;
a meio o José e a Maria Teresa (eu);
em baixo a mãe, Teresa Amélia, e o pai Hugo.
O José, vítima de edema pulmonar, faleceu com 45 anos, em 1995.
O José, vítima de edema pulmonar, faleceu com 45 anos, em 1995.
Dos seis restam só dois: o Luís e eu,
dos outros fica uma grande e eterna saudade!...
Desta família existem cinco netos e oito bisnetos,
que darão continuidade aos genes de inteligência e bom humor dos seus progenitores.
Do meu pai, além do genético, também foi transmitido o nome
HUGO
em quatro dos seus descendentes.
Sei que quem o conheceu e com ele conviveu
se lembra deste ilustre advogado, inteligente e repentista bem humorado
e eu lembro-o como o pai extremoso, que eu tive o privilégio de ter.
Querida amiga: uma bela mas triste história de família. Emocionei-me com estas mortes prematuras, a do seu pai, ainda tão novo e a do seu irmão, na terrível, brutal e inútil guerra do Ultramar. Pensei nesse jovem, da idade do meu filho, cuja vida foi ceifada tão precocemente. Sobreviver a estes grandes desgostos não é fácil,mas felizmente ficam as lembranças, quer em fotos, quer em "heranças genéticas",não é?
ResponderEliminarBjs
Márcia
que homenagem linda, beijos de seus primos do Brasil
ResponderEliminarQuerida Teresinha:
ResponderEliminarA emoção desse relato me deixou sem palavras. Nada posso dizer, só que estamos aqui para o que Deus mandar...e se Ele mandou que fosse assim, por razões que só Ele sabe... que poderemos nós objetar...
Recebe o meu abraço junto com o meu sentimento, querida amiga.
Teresa
teresa_0001@hotmail.com
Linda homenagem.
ResponderEliminarUm abraço!
Egléa
Para aliviar os desgostos , Deus tornou-te uma Força da Natureza .
ResponderEliminarEm ti existe tudo do melhor , que havia , nos que partiram.
Sinto-me feliz , pela nossa amizade.
Bj
Beau reportage merçi de partager avec nous amitié bisous Marie-Claire
ResponderEliminarQuerida, Teresinha. Fiquei sem palavras.Com a tragédia pela qual sua família passou. Justa, merecida e linda homenagem!!!
ResponderEliminarhttp://reginasantos09.blogspot.com.br/2014/08/saudades.html?m=1
Teresinha...um relato de vida emocionante e carinhoso...
ResponderEliminarnuma merecida homenagem!
Bj amigo!
Teresinha, fiquei emocionada.
ResponderEliminarInfelizmente, tambem tenho passado por alguns desgostos com a perda de entes queridos ainda jovens.
Gostei muito da forma simples e singela como exprimiu a sua dor e homenageou os que ja partiram.
Parabens pela linda homenagem e muita força para aguentar as desditas que a vida nos traz.
Um abraço de solidariedade
Maria Edite
Ninguem está a espera da morte, ainda mais assim tão novo.
ResponderEliminarO meu irmão tambem foi para Angola combater mas felizmente nem um arranhão ele teve na Graça de Deus.
Essa foto deve de te deixar feliz e triste ao mesmo tempo, imagino...
Beijinhos e boa semana
OI TERESINHA!
ResponderEliminarVIM AQUI POR ACASO E ME DEPARO COM ESTE EMOCIONANTE POST DO QUAL NÃO PODERIA SAIR SEM DEIXAR UM COMENTÁRIO.
A SAUDADE É UM SENTIMENTO DOLORIDO, MAS, É ELA QUEM NÃO DEIXA O TEMPO, QUE É TÃO IMPLACÁVEL COM ALGUMAS COISAS, NOS PERMITIR ESQUECER E É MANTENDO VIVAS NOSSAS LEMBRANÇAS QUE CONTINUAMOS CULTUANDO E AMANDO OS FAMILIARES QUE JÁ SE FORAM MAS, CONTINUAM VIVOS EM NÓS E EM NOSSA DESCENDÊNCIA.
ABRÇS http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Quanta ternura em família tão linda.
ResponderEliminarComoveste-me, Teresinha.
Muitas felicidades!
Beijinhos
Que família linda! PARABÉNS!
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