quarta-feira, 10 de agosto de 2016

... ficou em S. Miguel!...

Uma das coisas o que eu gostaria de ter em Coimbra:
esta pequena quinta que tenho em S. Miguel.
Não a podendo trazer para cá, visito-a quando vou aos Açores.
Na verdade eu não a queria cá... gostaria era de lá ir  
com mais facilidade, sem ter de me deslocar de avião!
Gostaria também que as viagens de barco não tivessem acabado,
para passageiros, na ligação do continente às ilhas, 
como antigamente.
Agora, no ferry, só podemos visitar as outras ilhas do arquipélago.

Aqui passávamos todos os verões e não me lembro do primeiro,
tão pequena eu era então! 
E a pequena casa rústica foi sendo construída por etapas
ao longo de vários anos. Disto já me lembro. 

Aqui comíamos goiabas e araçás diretamente das árvores.
Colhíamos laranjas, tangerinas, mandarinas, peras, maçãs, pêssegos...
Nesse tempo até se fazia vinho das vinhas lá existentes.
Agora só há uvas na pequena latada.
E colhiam-se batatas e cebolas, couves e tomates, feijão-verde...
Por esta vereda andámos primeiro de triciclo,
depois de bicicleta. O chão era de cascalho, por isso,
quando caíamos feríamos as mãos, os joelhos e os cotovelos.
Lembro-me de cair e bater com a boca no chão 
e beber o leite e sorver a sopa por uma cana aparada pela minha mãe. 
Não me lembro da dor das feridas desse tempo!
Agora está assim, cuidada por um senhor
que a vai livrando das ervas daninhas e vai cortando os abrigos.
Ele aproveita e cultiva alguns canteiros,
este com couves, tomates, alfaces, salsa, hortelã...


Esta figueira que nunca tem figos maduros na época em que lá vamos,
para muita pena do meu marido!...
Mas já colhi alguns que coloquei em calda e fiz compota.

Aqui são inhames, que eu tanto aprecio, mas acabo comprando
os das Furnas, que são os melhores.

Os meus queridos araçás que também tenho no quintal de Ponta Delgada,
sempre cheios de frutinhos... para eu os depenicar da árvore!
Aqui estavam ainda verdes!

Limões-galegos, com um sabor especial, diferente do limão vulgar.

A espadana, planta fibrosa, cujas folhas longas e robustas
são usadas para atar as plantas trepadeiras, as vinhas
e até servem, depois de secas, para a confeção de cestas e tapetes.

E flores... muitas flores,
predominando as dálias, os hibiscos, as azáleas e as hotências.







Esta, linda, irá dar fruto!

A minha filha, que viajava sozinha para S. Miguel, desde os 4 anos,
sempre esteve emocionalmente ligada à Quinta,
onde passava temporadas com a avó e o tio Luís.
Agora vai até lá com os filhos,
que também gostam muito daquele espaço
onde correm e brincam como eu fazia quando era da idade deles.
Apesar de eu não estar (fisicamente!) perto destes meus netos,
fico feliz por saber que estão com o tio Luís,
usufruindo de tudo o que o meu saudoso pai adquiriu
com tanto carinho para os seus descendentes:
filhos, netos e bisnetos!!!
E tudo isto chegará aos trisnetos... tetranetos ... e por aí fora!...
Um dia destes volto lá!...
UM ABRAÇO

9 comentários:

  1. Teresinha, gostei imenso de visitar a tua quinta. Compreendo as memórias felizes que te traz. Sao pedaços da vida, da tua vida. Oxalá os meninos sejam tão felizes lá como tu um dia foste.
    Beijos

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  2. Teresinha imagino a satisfação que é ter um espaço lindo como este com sabores tropicais!

    Eu adoro goiaba e vou plantar uma goiabeira e um abacateiro este ano...pois descobri que são árvores que se dão neste vale!

    A vida é assim...nem sempre é como se deseja...mas havendo visitas ao arquipélago...vai matando saudades!!!

    Lindos seus registos! Bj

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  3. Oi Teresinha... que paraíso de lugar, que delícia poder ter um espaço assim para poder voltar e voltar e voltar... beijosss!!!

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  4. Olá Teresinha: tão bonita e bem cuidada esta quinta. Que maravilha poder colher os frutos diretamente das árvores. É mesmo um pequeno paraíso e imagino que faça as delícias da família.
    Bjn
    Márcia

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  5. Teresinha minha querida que delicia de lugar, as fotos explicam o porque de sua saudade e a felicidade que ali ja viveu, felizes os netos, bisnetos, filhos, e toda geração que conseguir ali fazer morada nem que seja apenas nas férias que é de onde certamente vem muitas boas lembranças !!!!! bjucas querida!

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  6. Teresinha, adorei tuas visitas e vim te ver pra agradecer! Encontro esse post com essa linda quinta. Deve dar saudades de lá e tudo que por lá foi vivido!Adorei ver! beijos, chica

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  7. Boa noite Teresinha,
    Gostei imenso da descrição das suas brincadeiras pela quinta que passará de geração em geração. Excelentes recordações de um local muito agradável para se passarem umas boas e saudáveis férias.
    Tenho pavor de avião e como nasci junto ao Rio Tejo (adoro água,)), se houvesse ligação por barco para as ilhas far-lhe-ia companhia;))!
    Assim resta-me viajar através da Net;))!
    Beijinhos,
    Ailime

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  8. Olá, teresinha!

    Então, já voltaste lá, à tua quinta?

    Gostei mto de ler tudo o que nos deste a conhecer sobre a tua infância e recordações dela, tal como o interesse e o carinho que vês na tua filha (não me lembro se tens filhos, ou não) e netos.

    É bom preservar os afetos, físicos ou anímicos, através das gerações. Se Deus quiser, continuará.

    Agradeço a tua visita e palavras, bem lúcidas e certeiras.
    Qto ao tal comentário de uma tal "Cátia Vasconcelos", dizendo k eu ERA MESMO MUITO FEIA, pois, foi um homem k o escreveu. Enfim, qdo não conseguimos aquilo k queremos, parte-se para o disparate.

    Achei imensa piada àquilo que a tua sogra dizia qdo vocês iam passear. Compreende-se: Marrocos é aqui tão perto!

    Já há novo post no blogue. Qdo quiseres, passa por lá. Obrigada!

    Beijinhos e mto obrigada pela tua presença e comentário.

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  9. Ola Teresinha, faz anos que não nos falamos, como estou de viagem em novembro para os Açores, lembrei de vc, se tiver nos Açores me ligue vou estar na casa de minha irmã em Ponta Delgada (seu telefone 2961840) gostaria muito de conhece-la,tempos atras soube de sua mãe, foi quase na epoca em que minha mamãe faleceu, sinto muito por vc e sua familia.
    Um abraço, na esperança de ve-la um dia
    Angela

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